domingo, 28 de julho de 2019

Precisamos discutir a precariedade menstrual

Em março, em um dos primeiros posts que fizemos logo após a reabertura do nosso blog, falamos aqui sobre alguns filmes na Netflix que abordavam o feminismo, entre eles, "Absorvendo o tabu". Vamos recordá-lo para falar de um assunto importante e desconhecido por muitas de nós: A precariedade menstrual. 



Trata-se da falta de acesso que mulheres tem a produtos de higiene no período menstrual. O documentário aborda essa realidade numa área rural da Índia, mas ela é presente também na América Latina, em regiões de conflito e em países do continente Africano. 

Nos mais desenvolvidos, também temos essa precariedade afetando mulheres em situação de rua e muito pobres, o que provoca infecções e outros problemas de saúde. Na França, por exemplo, quase duas milhões de mulheres não tem dinheiro para a compra de absorventes! Imagina essa realidade em países emergentes e sub desenvolvidos! Algumas meninas chegam a parar de estudar durante o período, problema que afeta também a educação e formação profissional. Muitas escolas em países de baixa renda não tem instalações adequadas e nem saneamento para atender as necessidades básicas de higiene. A precariedade atravessa as fronteiras da saúde e já aumenta a desigualdade de gênero. 

Como solução, existem alguns projetos que visam a distribuição desses produtos e a produção de um calendário informativo para quebrar tabus e contribuir para o desenvolvimento social e de saúde nessas regiões. Em alguns países da África, ONGs que apoiam mulheres distribuem os coletores menstruais e já existe um movimento para discutir os custos desses produtos e de que forma esse acesso pode ser democratizado. 


Em 2018, uma iniciativa da ONG Sacchi Saheli estimulou que o governo da Índia eliminasse o imposto sobre os absorventes. Em junho deste ano, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou uma lei para fornecer absorventes nas escolas públicas, porém a taxação ainda existe. Ativistas defendem que esse imposto é um ato discriminatório, que o acesso a esses produtos para a menstruação deveria ser gratuito. E você? Conhece algum projeto que contribua para a saúde e bem estar das mulheres? O que pensa sobre o assunto? Conta pra gente! 


Estamos juntas! 

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