domingo, 30 de junho de 2019

Amor é amor. 50 anos de Stonewall.

Junho é o mês dedicado à causa LGBTQ+. Infelizmente, ainda precisamos de datas que rememorem a informação, o acolhimento, o respeito e o amor. Queremos finalizar este mês aqui no blog, falando sobre a diversidade, a homoafetividade e os seus direitos. 

Este ano é ainda mais especial. Completam-se 50 anos de Stonewall. Acontecimento chave que deu início aos grandes movimentos a favor dos direitos LGBTQ+, em Nova Iorque, em junho de 1969, quando relações entre pessoas do mesmo sexo era considerado crime nos Estados Unidos. Alguns Estados haviam abolido a lei, mas Nova Iorque permanecia irredutível, até a rebelião acontecer. 



Ainda há muito tabu envolvendo a configuração das famílias homoafetivas e nós estamos aqui para lembrar que a Ecco abraça, respeita e incentiva que amor é amor. Ainda que tenhamos avançado com a participação, os estudos, pesquisas e desenvolvimento de Instituições que apoiem a causa, observamos as estatísticas e vemos o quanto o retrocesso ainda é grande! Ao analisar os índices de violência e os crimes de ódio, encontramos dados estarrecedores. Pessoas que ficaram pelo caminho, vítimas da ignorância, preconceito, da negligência e omissão. 

No último dia 13, demos um importante passo rumo à caminhos menos sombrios e dolorosos. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada crime no Brasil. Por 8 votos a 3, os Ministros determinaram que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que prevê crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional". Vamos nos manter vigilantes para que a lei seja aplicada e não tenhamos que ver manchas de sangue e violência. 

Pensemos também nas nossas crianças. Aos adultos que foram criados em ambientes homofóbicos, buscar o conhecimento e o amor para que se reeduquem e possam passar, através do exemplo, mensagens de respeito e amor a elas. Aos que foram criados em ambientes que incentivam a diversidade, que sigam nesse caminho. É importante ressaltar que muitas crianças sofrem violência física e verbal nas escolas, em casa e outros espaços de socialização. Protejam-as. Preocupe-se em dizer que elas são normais e saudáveis e que o preconceito é que é errado. Vemos com frequência o quanto o bullying é agressivo e pode ressoar de formas trágicas ou violentas nesses espaços. Algumas crianças, ainda pequenas, sentem diferença em relação a outras. As vezes tudo que elas precisam ouvir é que ninguém tem o direito de ofendê-las. Que podem ser ou amar quem elas quiserem. O mundo ainda não sabe abraçá-las como deve, mas isso não pode suprimir a sua identidade e personalidade.  

Se você presenciar ou for vítima de violência de gênero, disque 100. Lembramos que a violência pode ser psicológica (ameaça, humilhação, entre outras), discriminatória (por gênero, orientação sexual etc) e/ou física (homicídio, lesão corporal, entre outros). Não vamos passar pano para este tipo de atitude! Todo dia é dia de amor! Vamos junt@s! 

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